terça-feira, 31 de maio de 2011

Relatório Situacional - Maio 2011

A Superintendência da Atenção Básica solicitou a todas as equipes de Estratégia de Saúde da Família que atualizasse os dados de um relatório situacional feito em 2010, contemplando os probemas estruturais, materiais e de recursos humanos vivenciados hoje por cada unidade. O pedido foi pessoalmente reforçado pelo Superintendente Neucimar, na última semana, em uma de suas visitas aqui na ESF Perequê VI.

Segue abaixo o registro da visita e o relatório produzido.



Odorico, CD Carla, Dr André, Enfª Daniele e Neucimar.

  

ESF PEREQUÊ VI



Categoria
Nome do Profissional
Observações
Médico
André Luiz da Silva Farias
- Casa alugada completamente inadequada para comportar uma unidade de saúde, sem acessibilidade para cadeirantes e portadores de necessidades especiais. Necessita de mudança para local adequado.
Enfermeira
Daniele Minuzi
Dentista
Carla Peixoto Valladares
Aux. Enf.
Jorge José Albini Pereira
Aux. Enf.
Eunice da Silva Viana Cavalleiro
ASB
Ana Paula Lima Marcos
ACS 1
Luziana Loures da Fonseca
ACS 2
Tânia Cristina Pinheiro Ferraz
ACS 3
Silvia Cristina Polidoro Soares
ACS 4
Ana Regina da Cruz
ACS 5
NÃO TEM
ACS 6
Mônica da Costa Santos




Problemas apresentados:
ESTRUTURA:
·         Necessita de pintura interna e externa na unidade;
·         Não há bicicletário;
·         Não há pia nos consultórios;
·         Sala de procedimentos junto com sala de vacinas;
·         Não há espaço para nebulização;
·         Iluminação fraca e inadequada, quando tem. As últimas lâmpadas foram compradas por membros da equipe;
·         Não há consultórios que possibilitem o atendimento simultâneo dos membros do NASF e dos membros da equipe;
·         Não há consultório odontológico, nem sala para sua instalação;
·         Não há sala de reunião ou espaço para grupos;
·         Necessita de novas longarinas e conserto de cadeiras, gavetas e armários;
·         Necessita de armários para armazenagem de material de limpeza;
·         Azulejos do banheiro de pacientes se soltando, pisos quebrados;
·         Não há forramento no teto da copa e da sala de curativos;
·         O interruptor da sala de curativos encontra-se com defeito e, devido a isso, a lâmpada fica constantemente acesa;
·         Não há revestimento no entorno da pia da cozinha, gerando infiltrações. A torneira apresenta vazamento constante;
·         A cobertura providenciada para proteger a passagem para a copa está molhando a mesa de trabalho das ACS em dias de chuva.
EQUIPAMENTOS:
·         Não tem: ar-condicionado, esfigmomanômetro infantil e para obesos, eletrocardiógrafo, oftalmoscópio, suporte de soro, maca ginecológica regulável, lixeiras com tampa, kits com pinças para curativo, kits para sutura, seladora, autoclave, balança pediátrica digital;
·         Internet não funciona, bem como impressora, teclados e mouse;
·         Não tem bebedouro para pacientes;
·         Foco com defeito;
·         Falta kit de emergência com equipamentos adequados.
EQUIPE:
·         ESB trabalhando em outra unidade, longe da equipe e da área adscrita;
·         Desfalque de uma ACS por pedido de exoneração;
·         Necessita de recepcionista.

Observações (qualquer outra informação que julgar necessário):

  • DÚVIDA: O custo com a manutenção das bicicletas cedidas pela prefeitura fica por conta dos membros da equipe?
  • O módulo sofreu seguidas invasões durante os fins de semana nos meses de março e abril/2011. Necessita de reforço na segurança de portas, portões e janelas.
  • Não há manutenção preventiva dos equipamentos.
  • O serviço de dedetização é irregular.




FOTOS:
Interruptor da sala de curativos.



Teto da sala de curativos.



 Teto da cozinha.

Torneira com vazamento e pia da cozinha sem revestimento, com infiltrações.


Vão da cobertura da passagem para a copa, por onde entra água da chuva.
 

Longarinas quebradas.


Consultório médico sem pia.



Local externo para nebulização (não há sala exclusiva para procedimentos).


Azulejos do banheiro de pacientes.

Pisos soltos / quebrados.


Muro e parede externos.
Portão externo.




terça-feira, 24 de maio de 2011

Mutirão de Atendimento a Pacientes com Desvio Nutricional

Hoje contamos com a participação da nutricionista Luciana em nosso tradicional mutirão multiprofissional. Foram atendidas 10 crianças que, durante os mutirões de cadastramento do Sisvan, ou durante o atendimento ambulatorial, foram diagnosticadas com algum desvio nutricional. As crianças e seus responsáveis assistiram à palestra da nutricionista, receberam orientações individualizadas e puderam tirar todas as suas dúvidas. Em seguida, passaram pelo atendimento médico e de enfermagem, e receberam orientações de saúde bucal.






Que trio!!!


O próximo atendimento a esses pacientes está marcado para o dia 26/07/2011. Até lá!!!

domingo, 22 de maio de 2011

Medicina de especialistas

Confira abaixo matéria publicada no jornal O GLOBO deste domingo, 22 de maio:

Clínico geral perde espaço na classe média e a relação entre médico e paciente se enfraquece cada vez mais

Publicada em 21/05/2011 às 21h17m
Roberta Jansen

O clínico geral Ronald Sroka, de 62 anos, examina um paciente: 'Não vai sobrar nenhum de nós'. Foto: Reprodução
RIO - O clínico geral Fábio Miranda, de 54 anos, mantém um consultório particular há 30 anos. Atende de cinco a seis pessoas por dia, passando, pelo menos, 45 minutos com cada uma delas. Quando se trata da primeira consulta, o atendimento pode ultrapassar os 60 minutos, entre a conversa e o exame físico. Certa vez, num desses casos, o médico foi interpelado por uma paciente visivelmente nervosa: "Doutor, eu estou ficando muito preocupada, eu estou com alguma coisa grave? Nunca ninguém me examinou tanto, me perguntou tanta coisa."
O que era normal umas décadas atrás hoje é visto como exceção total à regra. Não há números - o Conselho Federal de Medicina não registra os médicos por especialidade -, mas é generalizada a percepção de que o clínico geral é uma espécie em extinção hoje na expandida classe média nacional com acesso a planos de saúde. Nesta nova realidade, reinam as especialidades médicas e as consultas mais curtas. A relação entre médico e paciente, antes cultivada em consultas mais longas e sempre com o mesmo sujeito, que te acompanhava por toda a vida, se perdeu em meio à diversidade de profissionais - um modelo de atendimento importado dos EUA.
Os chamados médicos de família hoje, no Brasil, não são poucos, mas trabalham basicamente para o governo, no atendimento de comunidades carentes: são 32 mil profissionais.
- A cultura (do médico de família) se perdeu (na classe média) - afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, Gustavo Gusso. - Mesmo que o plano ofereça, as pessoas não valorizam, não têm tanta confiança, preferem ir no especialista, acham que esses caras são ótimos e que o médico de família é para os pobres. Pobres dos ricos brasileiros. Aqui não há uma relação histórica. Na Inglaterra, por exemplo, a pessoa vai ao seu médico de família desde que nasceu. Em vários países da Europa não se consegue ir a um dermatologista sem passar antes por um médico de família.
O modelo de atendimento brasileiro, no entanto, segue o americano, onde o fenômeno da proliferação das especialidades e da extinção do clínico se repete. O número desses profissionais caiu de 44% do total de médicos em 1986 para 18% em 2008, segundo dados da Sociedade Americana dos Médicos de Família. Ronald Sroka, de 62 anos, 32 deles de consultório, é um dos remanescentes:
- Não vai sobrar nenhum de nós - lamentou, em entrevista ao "New York Times".
Para a maioria dos especialistas ouvidos, no entanto, quem sai perdendo é o paciente. Faz sucesso na internet, sendo replicado em redes sociais, um texto assinado pela médica Tatiana Bruscky sob o título "Onde andará o meu doutor?", em que ela toma as dores dos pacientes: "Por favor, me olhe, ouça a minha história! Preciso que o senhor me escute, ausculte e examine! Estou sentindo falta de dizer até aquele 33! Não me abandone assim de uma vez! Procure os sinais da minha doença e cultive a minha esperança! Alimente a minha mente e o meu coração... Me dê, ao menos, uma explicação!"
Em geral, os médicos de planos de saúde passam pouco tempo com seus pacientes (eles recebem, em média, menos de R$ 50 por consulta) e tentam cobrir a falta de conversa com pedidos de exames.
Na análise do diretor da Clínica São Vicente, Luiz Roberto Londres, autor do livro "Sintomas de uma época - quando o ser humano se torna um objeto", no entanto, a conversa mais aprofundada entre médico e paciente pode levar ao diagnóstico em 90% dos casos, sem necessidade de exame algum.
- Muitos problemas que são percebidos como doença são, na verdade, sintomas ou repercussões do meio - analisa Londres. - Conversando com a pessoa, o médico percebe, por exemplo, se há um problema no emprego, na família, nas finanças, ao qual o sujeito está reagindo com sintomas. Essa quantidade de exames que é pedida hoje é por falta de conversa. A mesma coisa com a quantidade de medicamentos. Repito: a maior parte dos pacientes não tem doença física.
O especialista, nessas horas, atrapalha ainda mais, uma vez que ele não é treinado para lidar com o que se chama de "sintomatologia vaga", mas sim com áreas muito específicas.
- Hoje em dia, boa parte das pessoas acha que o clínico não resolve o problema, que é uma perda de tempo e dinheiro, que o melhor é ir direto no especialista - afirma Fábio Miranda. - A verdade é que é o contrário. Se o cara for bom, ele vai resolver de 70% a 80% dos problemas. E vai resolver logo na primeira consulta, com diagnóstico. Se for no especialista, vai demorar mais. E isso se cair no especialista certo.
Gustavo Gusso frisa que o treinamento do médico de família é justamente para lidar com as queixas mais variadas.
- É o sujeito que acorda "meio mal", "tonto", "com um pouco de dor de cabeça" ou "sentiu a vista escurecer". Queixas assim que não fazem muito sentido - diz Gusso. - O médico de família é treinado para isso, o dia inteiro atendemos pessoas assim; diferente do especialista.
Além do mais, aponta Gusso, não é viável imaginar um sistema de saúde em que cada indivíduo disponha de um gama de especialistas.
- Não é razoável cada um ter o seu cardiologista, o seu ortopedista, o seu dermatologista; e cada um deles pedir um monte de exames, não examinar nada. Não dá para transformar a medicina num shopping center.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2011/05/20/clinico-geral-perde-espaco-na-classe-media-a-relacao-entre-medico-paciente-se-enfraquece-cada-vez-mais-924505613.asp#ixzz1N6IFXcCZ

P.S.: Lembrando que o nosso médico, Dr. André, é Médico de Família e Comunidade, tendo concluído sua Residência Médica nesta área em janeiro de 2009 em Teresópolis.

terça-feira, 17 de maio de 2011

E o asfalto chegou!!!



Finalmente, depois de uma longa espera, nossos funcionários e usuários podem, enfim, chegar ao módulo com relativo conforto! A Rua 38 e suas travessas foram asfaltadas no último mês, melhorando a acessibilidade à nossa unidade. Vejam as fotos abaixo:





Agora só falta ajeitar a Rua Manoel Benedito e travessas, a Rua 46 e seu valão a céu aberto, a Rua da Cachoeira e travessas, etc etc etc...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Avaliação para Melhoria da Qualidade

A proposta Avaliação para Melhoria da Qualidade (AMQ) está inserida no conjunto de ações propostas pelo Ministério da Saúde para a institucionalização da Avaliação da Atenção Básica. Ela é direcionada ao âmbito municipal da estratégia Saúde da Família e tem como atores principais os profissionais das equipes, coordenadores e gestores. Por meio de uma metodologia de avaliação sistêmica, dinâmica e interativa, possibilita a gestão interna dos processos de melhoria da qualidade com vistas ao contínuo aprimoramento deste modelo de atenção à saúde.
A AMQ surge com a finalidade de estreitar a relação entre os campos da avaliação e da qualidade no âmbito da mesma, possibilitando aos atores diretamente envolvidos a apropriação de princípios, métodos e ferramentas para construção desta história por si mesmo. Apresentando ferramentas facilitadoras para diagnóstico e planejamento de intervenções; além de impulsionar a melhoria contínua da qualidade da gestão, dos serviços e das práticas de saúde neste âmbito de atenção.
Seus instrumentos têm seus formulários dispostos em padrões de resposta categórica Sim/Não, “tudo ou nada”, que em nosso caso (figuras abaixo) serão denominados padrões de conformidade e não-conformidade. Em nossa unidade, já realizamos nossa primeira avaliação e semestralmente nos reavaliaremos para verificar nossa evolução. Algumas intervenções já estão sendo colocadas em prática. Confira abaixo os resultados de nossa primeira avaliação:




sexta-feira, 6 de maio de 2011

“Estratégia de Saúde da Família" conquista o 1º lugar no 15º Inovação

A iniciativa “Estratégia de Saúde da Família”, do Ministério da Saúde, classificou-se em primeiro lugar no 15° Concurso Inovação na Gestão Pública Federal. Como prêmio, um representante da equipe responsável pela prática inovadora participará de curso técnico no Japão.

A solenidade de premiação, realizada nesta segunda-feira (25), no Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP), também marcou os lançamentos do livro contendo o relato das experiências premiadas em 2010 e da 16ª edição do Concurso Inovação.

Confira a classificação das dez iniciativas premiadas

Leia o resumo de cada ação inovadora

Premiado com uma visita técnica à Alemanha, o segundo lugar ficou com a iniciativa “Agroamigo”, do Banco do Nordeste. O terceiro classificado foi a iniciativa “Gestão de Condicionalidades e Acompanhamento das Famílias do Programa Bolsa Família”, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. O prêmio é uma visita técnica à França.

Contemplado com o quarto lugar, o Programa Banda Larga nas Escolas, do Ministério da Educação, também ganhou curso técnico no Japão. “O Concurso Inovação privilegia a dimensão da gestão, como reformulação de processos ou programas que já existiam na organização ou adoção e adaptações de inovações provenientes de outras organizações para gerar inovação”, ressaltou o presidente da ENAP, Paulo Carvalho, em sua fala inicial.

Para o presidente, a ênfase do prêmio não é no ineditismo nem em mudanças radicais, mas sim nas mudanças incrementais, adaptando o conceito de inovação à realidade do setor público. Outra característica levantada por ele é que o concurso valoriza pequenas inovações.

A ministra do Planejamento, Orçamento e Gestão, Miriam Belchior, gravou um vídeo para os presentes em que destacou a importância do prêmio para o incentivo às inovações na gestão com o propósito de melhorar a qualidade dos serviços prestados ao cidadão.“O Concurso Inovação traz importante contribuição ao identificar exemplos e padrões para a modernização de gestão que resultam em melhores serviços e mais efetividade nas políticas públicas”, afirmou.

Representando a ministra, o secretário executivo adjunto do MP, Valter Correia, destacou ainda que a maioria dos premiados, desde o início do concurso, concentrou-se nas três áreas prioritárias da agenda governamental – atendimento ao cidadão; melhorias de processos de trabalho; e planejamento, gestão e desempenho institucional.

Integrando a mesa de premiação, o presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Mauro Hauschild, exaltou que cada projeto inscrito tem contribuído para um serviço público mais eficaz e eficiente. O INSS teve pelo terceiro ano consecutivo uma prática inovadora presente entre as dez primeiras colocadas. Nessa edição, a experiência “Aposentadoria em até trinta minutos” ficou em nono lugar.

Vagas em cursos da ENAP foram oferecidas aos classificados da quinta à décima posição e todos os dez vencedores ganharam o Selo Inovação, publicações da Escola e o livro com as ações do 15º Concurso. Além disso, tiveram suas experiências publicadas no Banco de Soluções do Concurso Inovação.

O concurso é uma realização da ENAP, em parceria com o MP, e conta com o apoio da Embaixada da França, da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica) e da Agência Alemã de Cooperação Internacional (GIZ). Desde o seu lançamento, em 1996, o concurso recebeu 1.426 inscrições válidas, e 311 foram premiadas. O objetivo é estimular a implementação de iniciativas inovadoras de gestão em organizações do governo federal, disseminá-las e valorizar servidores públicos que atuem de forma criativa em suas atividades.

Fonte:
http://inovacao.enap.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=369&Itemid=27