Relatório SISVAN

Esse mês, recebemos da Área Técnica de Alimentação e Nutrição um relatório do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), referente às crianças menores de 5 anos e gestantes acompanhadas em todas as unidades de Angra dos Reis ao longo do ano passado.

As metas pactuadas para esses dois grupos de pacientes, em 2011, eram:
- Acompanhar 100% de crianças menores de 5 anos;
- Acompanhar 100% de gestantes.


Das 48 unidades do município que constam no relatório, apenas três conseguiram atingir essas duas metas:

- Sapinhatuba 2 - 106,3% de crianças e 290% de gestantes;

- Caputera - 121,8% de crianças e 153,8% de gestantes;

- Perequê 6 - 118,6% de crianças e 206,6% de gestantes.

Ficamos muito felizes com o resultado e parabenizamos a todos pelo trabalho realizado, certos de que continuaremos a empreender nossos esforços na melhoria das condições de saúde e da qualidade de vida da da população.

Quando o "trabalho de formiguinha" dá resultados...

Há cerca de dois anos, desde que retomou o atendimento em nossa unidade, a Cirurgiã-Dentista Carla vem fazendo um importante e cansativo trabalho de educação em saúde.

Todas as terças-feiras, dia reservado às atividades fora do Centro Odontológico, ela realiza consultas de pré-natal e puericultura, e participa de mutirões de pediatria, realizando exames, distribuindo kits de higiene oral, e, principalmente, orientando, um a um, cada criança e responsável.

Os mesmos esclarecimentos e orientações sobre cuidados com a saúde oral são repetidos inúmeras vezes por dia, sendo adaptados e individualizados a cada caso.

Havia uma convicção de que, para a realidade do módulo Perequê 6, melhores resultados seriam alcançados com orientações individuais do que com palestras em grupo. Isso se deve ao fato de não haver, na unidade, espaço e infraestrutura adequados à realização de grupos de educação em saúde. Tais grupos vêm sendo feitos na recepção, onde os usuários facilmente se distraem com o telefone tocando, com a circulação de outros usuários e profissionais, e não fixam sua atenção na discussão em foco.

Os bons resultados dessa orientação individualizada, mais trabalhosa e desgastante, vêm sendo percebidos pela equipe. No último mutirão de pediatria, voltado para crianças até dois anos, apenas duas crianças apresentavam má-higiene oral e cáries.

Curiosamente, as respectivas mães relataram que não fizeram o seu pré-natal nesta unidade, para onde se mudaram há pouco tempo, mas em duas outras unidades do município, nas quais não receberam qualquer atenção odontológica durante o período gestacional e puerperal.

Estes dados, além de servirem de estímulo ao trabalho realizado no módulo, desperta também a seguinte reflexão: para que uma população tenha saúde, não adianta a realização de trabalhos pontuais de um ou outro profissional, em uma ou outra unidade. Pequenos esforços isolados dificilmente mudam as estatísticas. Mas se todos realizarem, cada um em sua área, o seu "trabalho de formiguinha", mesmo com todas as dificuldades, os bons resultados, com certeza, virão em grandes proporções.